A CURA PELA MÚSICA

A música já foi comprovada cientificamente como fonte de cura mental, corporal e espiritual, estendendo-se para vários pontos do mundo, onde é reconhecida como “musicoterapia”. Técnicas como “nível aumentativo”, “nível intensivo”, “nível auxiliar”, entre outras, são de suma importância para o restabelecimento da criatura, caso esta obtenha o merecimento para tal.
Existem hoje muitas obras importantes nas quais podemos buscar o estudo detalhado, que abordam este assunto de maneira clara e objetiva. Dois bons exemplos são os livros Definindo Musicoterapia, de Kenneth E. Bruscia, e O Poder Oculto da Música, de David Tame. Este último fala, através do capítulo “Musicoterapia, o remédio universal”, sobre a utilização da música como tratamento pelos gregos e árabes, originalmente transmitidos por civilizações anteriores e também utilizados pelos povos antigos da Índia e da China, que, cientes do valor terapêutico destas técnicas, utilizavam seus templos como lugares de repouso e de energização espiritual, onde essas terapias eram aplicadas.
Conta-se que Hipócrates, o “pai da medicina”, levava seus casos de enfermidade ao Templo de Esculápio para, ali, ouvirem a música comovedora e revigorante. Os sacerdotes do templo e os médicos de Roma fizeram uso da musicoterapia até a completa cristianização do império. Os árabes do século XIII tinham salas de música nos hospitais, onde praticavam o que denominavam “medicina musical”, usando composições específicas para cada tipo de doença: mental, moral e física.
Como podemos perceber, a boa música nos propicia momentos de refazimento, higienizando nossas mentes, organizando ou reorganizando nossos sentimentos e pensamentos para o equilíbrio necessário. Ela cria no universo de cada um momentos para uma melhor compreensão do verdadeiro significado da sinfonia dos ventos, do concerto dos pássaros, do canto suave da chuva, do ir e vir das ondas, entre tantas outras canções de teor elevado orquestradas pelo infinito amor e misericórdia de Deus.
 
A relação entre notas, cores e chacras
 
 
O livro A cura pela música e pela cor, de Mary Bassano, apresenta mais um esclarecimento sobre as várias composições musicais espiritualmente inspiradoras que podem elevar nossa consciência, além de esclarecer a relação entre as notas, as cores e os chacras. Segundo a autora, a cor vermelha está relacionada com o chacra básico e com a nota “do”; o laranja (a segunda cor) está relacionado com o chacra genésico, correspondente à nota “ré”; o amarelo se relaciona com o chacra gástrico e com a nota “mi”; o verde corresponde ao chacra cardíaco e à nota “fá”; o azul se relaciona com o chacra laríngeo, correspondente à nota “sol”; o índigo (azul marinho) corresponde ao chacra frontal e à nota “lá”; o violeta (a sétima cor) está relacionado ao chacra coronário, correspondente à nota “si”.
Nesta mesma obra, Mary Bassano acrescenta que, embora a terapia pela música tenha comprovado ser de grande valor nos hospitais, sua adoção ainda é dificultada pela ausência de intuição, de espontaneidade e de espiritualidade, três elementos essenciais na harmonização do corpo. No entanto, as ciências médicas, físicas e espirituais estão alcançando rapidamente um ponto de mútua compreensão e isso proporciona grandes esperanças e expectativas para essa era maravilhosamente criativa em que vivemos.
Desobsessão pela música
A obsessão se expressa de várias maneiras: de encarnado para encarnado, desencarnado para desencarnado, encarnado para desencarnado, desencarnado para encarnado (pela obsessão recíproca) e a auto-obsessão. O obsessor costuma agir utilizando todos os recursos ao seu alcance, interfere na mente daquele que persegue com seu pensamento, buscando-o através de uma espécie de jugo ou possessão, dependendo da gravidade do caso em que estejam envolvidas as criaturas.
André Luiz, através do livro Dissertações Espíritas, psicografado por Antônio Fernandes Rodrigues, descreve que um determinado obsessor não demovia de seu desejo de vingança, apesar da bem arrazoada doutrinação promovida pelos instrutores espirituais. Sabedores de que o perseguidor era fã de Beethoven, encaminharam-no, sem despertar suspeita, para uma casa onde se ouvia a “Pastoral”. O obsessor, ao perceber aquela melodia tão admirável, esqueceu seus intentos, dissipando todo aquele rancor que lhe fustigava a mente. Os sons harmoniosos fizeram o importantíssimo trabalho de abrir as portas enregeladas de seu coração, proporcionando condições para que fosse abordado de forma mais feliz, aceitando a argumentação envolvido emotivamente pela música.
Portanto, que também possamos escancarar portas e janelas de nossos corações para uma melhor compreensão sobre a importância da música, de melodias e harmonias que são tão pouco reconhecidas na grande maioria das casas espíritas como mais uma fonte de equilíbrio para nosso restabelecimento físico e espiritual, além de serem utilizadas pelos inúmeros compositores e intérpretes como mais um veículo de divulgação e esclarecimento da doutrina espírita. Façamos a paz em nossos corações hoje e por toda a eternidade, através das mais belas melodias da vida.
Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição especial 02

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